Lançamento de Antípodas, novo albúm do Miasthenia

Com muito trabalho, amor ao ofício e talento gigante o Miasthenia a tempos vem ganhando respeito e o reconhecimento do mundo da música pesada, seja pela temática pioneira e desbravadora, seja pelo atitude e pela qualidade musical, o certo é que a banda desde sua origem não quiz se tornar apenas mais um nome na cena e sim vir para fazer a diferença. calcando a importância de seu trabalho tanto nas letras quanto na musicalidade o Miasthenia é antes de tudo um quebrador de paradigmas!


O Novo trabalho segundo o Miasthenia

Em seu novo álbum, ‘Antípodas’, a banda nos leva mais uma vez em uma jornada conceitual única mostrando especialmente a força da mulher desde sempre. Responsável por todas as letras do álbum, Susane Hécate, sempre acompanhada de seu fiel escudeiro, o guitarrista Thormaniak, nos apresenta um pouco do complexo conceito usado em sua criação. Vale lembrar que Susane é Doutora em História pela Universidade Federal de Brasília, pesquisadora, professora e escritora:

“ANTÍPODAS é uma palavra usada para designar uma região que é diametralmente oposta a outra, significando ‘o outro lado do mundo’, neste caso, a América Antiga vista pelos colonizadores cristãos nos séculos XVI e XVII. Esse universo que lhes parecia estranho e desconhecido, retratado em antigos mapas e crônicas da época colonial, encontrava sentido nos mais antigos mitos e pesadelos dos invasores cristãos.

“Seres antípodas habitam esse imaginário, subvertendo e perturbando a norma, escapando assim à compreensão daqueles que os tentam dominar. Mulheres guerreiras – amazonas – coniupuyaras – são as heroínas dessa saga na defesa e honra do Eldorado, nosso mais antigo legado de resistência. O confronto e forte resistência dessas guerreiras, às tropas do conquistador Orellana em 1542 no rio Amazonas, ainda perturba a ordem histórica cristã e patriarcal imposta pelos colonizadores.

“Esse álbum traz uma poética histórica que rompe e resiste a essa ordem histórica, libertando o nosso passado, celebrando as memórias dissidentes de reinos malditos e o legado das amazonas. São memórias que celebram a existência de mundos e seres possíveis que persistem em continua rebelião contra o monoteísmo e a dominação imposta pelos invasores. Seres antípodas nos inspiraram essa poética de resistência na rota de expedições invasivas em busca do Eldorado.”

Confira dois clipes extraídos de Antípodas!




Confiram também a excelente e esclarecedora entrevista da banda no programa Peste Negra na Cangaço radio Rock! 



Contatos: miasthenia.horda@gmail.com
www.miasthenia.com
www.facebook.com/miasthenia
www.metalmedia.com.br/miasthenia


Demétrio - Vitória (2013) - Nota (9,0)


por Ed Oliver

Na tradição brasileira da música há aqueles mestres que são mais ecléticos e utilizam outros estilos que misturados ao seu dão um molho todo especial à sua música, sobretudo os músicos que tem uma tradição roqueira na veia e bom gosto no coração!
Esse é o caso de Demétrio, que abstendo-se do descaso das grandes mídias é com certeza um dos maiores nomes da Soul Music de nosso país e que transita tranquilamente entre as avenidas mais ecléticas do Rock n´Roll!

Vitória já é o 13º trabalho do mestre e toda essa estrada musical esta refletida nesse trabalho, forte, irretocável e de uma originalidade que vemos vez ou outra surgir em pérolas que surgem nesse mar de lançamentos musicais. Sua importância no cenário musical paulistano e brasileiro também se faz reconhecer pelas participações especial que encontramos nesse CD.

A primeira metade do CD é composto de faixas compostas por Demétrio, "Crianças" abre o CD de forma alegre uma faixa singela e que se tornou rapidamente um dos sucessos do trabalho, segue com "Viagem" com sua belíssima letra e nas guitarras o mestre Nuno Mindelis construindo as belas texturas da faixa. "Cavala" é uma faixa simples e divertida com toda a desenvoltura da bela voz de Demétrio!

"Mil Violinos" também aposta na sua simplicidade e na beleza dos detalhes como nos teclados bem colocados e o baixo pujante de Ayrton Mugnaini Jr. "Dance Queen" mostra uma velha faceta do mestre Demétrio com sua influência de Camisa de Vênus, gaitas espertas, rock simples, direto e original!
"Never" com sua construção à la Elvis se converte numa das mais belas canções escritas pelo músico, uma melodia maravilhosa, belíssimos backing-vocals, de novo a irretocável presença de Nuno Mindelis; com certeza uma faixa para figurar como trilha em qualquer clássico do cinema.
"Lembranças" mais uma mostra do poder das letras de Demétrio, esta em especial com sua beleza ímpar, um pequeno tesouro do cancioneiro musical brasileiro.

A segunda metade do CD é dedicada às participações especiais sobretudo da figurinha tarimbada do cenário paulistano Ayrton Mugnaini Jr co-autor de todas as faixas.
"Quero ser o teu Affair" guarda algo de jovem guarda e uma letra bem interessante, a bela interpretação de Demétrio valoriza cada detalhe.
A Faixa "Tema do Programa Soul Master" é auto explicativa, ela é o tema do programa de Demétrio na TV Amaral onde o mesmo traz sempre atrações da MPB, Rock e afins.
"Samba Funerário" com certeza é uma obra prima de Ayrton Mugnaini Jr e m parceria com Leo Nogueira, e que se consolidou totalmente na voz de Demétrio, sua genial interpretação valorizou ainda mais a brilhante letra desta música, que com certeza não fosse a cegueira das gravadoras já brilharia como um dos grandes clássicos da música brasileira, uma música que de tão bela agradará a todas as tribos.

"Marcinha Ligou" é divertida e lembra aquela vibe dos anos 80, fácil de identificar já que foi feita por Ayrton em co-autoria com Laerte Sarrumor um dos fundadores do Língua de Trapo! Nessa mesma linha segue "Zelinda foi à Praia" de Ayrton em parceria com Carmen Flores e que caiu como luva na voz cheia de swing e personalidade de Demétrio.
"Vitória" a faixa título é um tapa de luva na cara dos inimigos, letra bem sacada e Demétrio declama com conhecimento de causa!
"My favorite Comperè" é uma belíssima faixa em inglês onde Demétrio faz parceria com a talentosíssima Bee Scott, uma faixa irretocável e que figuraria fácil entre aquelas tradicionais e belas canções americanas!
Fechando o trabalho temos "Refresco no Olho é Pimenta" mais uma letra bem sacada e irônica caindo como uma luva no estilo de Demétrio que escreveu ela em parceria com Ayrton e se mostra mais um dos destaques deste belo trabalho.

"Vitória" se consolida felizmente como mais uma excessão à regra nesta fase onde a música parece não trazer novidades e apostar no fútil e fácil, Demétrio é uma alternativa aos que buscam música de qualidade, feita para durar e significar algo mais a seus ouvintes! Um trabalho obrigatório aos amantes da boa e eclética música!

Contatos: demetrio@souldemetrio.com.br
Site Oficial: http://www.souldemetrio.com.br

Tels: (31) 9-9314-3336
Contato em Belo Horizonte/MG (31) 3347-4578 ou (31) 9399-2538 Patricia

Programa Soul Master: https://goo.gl/Nyy3Gn


                                                         











DOWNLOADS - A Tribute to Iron Maiden´s Somewhere in Time 2016

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A Tribute to Iron Maiden´s Somewhere in Time
2016

Um tributo editado pela revista especializada Metal Hammer exclusivamente ao clássico Somewhere in Time.

Faixas:


1–Psycrence - Caught Somewhere In Time 7:51
2–Null'O'Zero - Wasted Years 5:02
3–Endomain - Sea Of Madness 5:57
4–Fortress Under Siege - Heaven Can Wait 7:22
5–Diviner - The Loneliness Of The Long Distance Runner 6:20
6–Arrayan Path - Stranger In A Strange Land 6:06
7–Monument - Déjà Vu 5:01
8–Inner Wish - Alexander The Great (356-323 B.C.) 8:40

DOWNLOADS - Angry - The Night Of Your Death (Single, 2014)

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Eu preciso ver o ANGRY ao vivo! Foi isso que pensei assim que ouvi o alucinante álbum 'Future Chaos'. O Angry é uma banda de Thrash Metal relativamente nova, fundada em 2009 no estado de São Paulo, formada por um quarteto sem antecedentes criminais em outras bandas, com exceção do guitarrista Alex, que veio de uma banda sem muita relevância no cenário nacional. Mas aqui, o encontro deu certo. No encarte consta foto apenas de Diego Armando (baixo e vocal), Alex (guitarra) e Ricardo Luiz (bateria), mas como segundo guitarra temos Renato Haboryni. E no cd tem algumas participações especiais.

O álbum tem nove faixas, sendo a primeira uma intro que, praticamente sem intervalo, entra na "The Night of Your Death". Esta faixa nos conquista pelo excelente trabalho de bateria. Não posso ser injusto e não falar que a dupla de guitarras blinda as bases. O vocal de Diego é gritado com fúria, talvez pra fazer jus ao nome da banda. Eles capricham em todas as faixas e Ricardo Luiz preenche muito bem as músicas com seu set de bateria. O cara não pára, são arranjos de pratos, contratempos, metralhadas em seu double bass, metrancas no caixa, constantes viradas, mudanças de andamentos...

E é só Thrash correria ao longo do CD. Todas as faixas são dignas de destaque, mas vou escolher "The Night of your Death" e a faixa título, mas o batera faz favor de eu também citar "I See". Esta música também tem uma linha lírica muito interessante, nos alertando sobre o que fazemos de nosso mundo. Até tentei fugir de algumas referências gringas, mas nessa hora me vem a cabeça o Obituary e seu World Demise. "Stuck in The Past" também tem uma construção formidável, com bases e solos muito bem elaborados e a bateria como sempre tem lá sua participação grandiosa.

A parte de arte gráfica ficou direta e bem feita, assinado por Juliana Regis. A produção foi dividida entre a banda e Vagner Alba.

Esse material é dedicado a todos os Thrashers e acho que não só eu preciso ver essa banda ao vivo, mas você que curte o bom thrash também precisa conferir.

por Hugo Veikon no Facebook

Um videoclipe também pode ser conferido:

DOWNLOADS - Na Terra do Metal (2013)

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E ao “dar de cara” com a arte gráfica desse trabalho já se torna bem evidente a caminho sonoro imposto pela banda: Thrash Metal puro, oitentista e direto, sem firulas. E o melhor, cantado em português! São 10 faixas homogêneas, que seguem uma roupagem idêntica ao longo de seus minutos e dão enfase a guitarras furiosas, com riffs rápidos e cozinha consistente, dona de muita energia. ‘Artérias Podres’, ‘Antropofagia’ e ‘Na terra do Metal’ é a trinca que abre o disco e incendeia o primeiro momento da audição.

O que mais se destaca por aqui é o instrumental, sempre vigoroso e que dá pouco, ou nenhum espaço, para qualquer experimentalismo que se desvencilhe do estilo sonoro da banda, que pode ser tranquilamente nomeado simplesmente de ‘Thrash Metal’! As linhas vocais por aqui são, no mínimo, diferentes e em um primeiro momento de difícil digestão, mas nada que tire o brilho desse primeiro disco do Antcorpus.

Apenas algo que será assimilado naturalmente em novas audições. O peso e velocidade ainda apareceram com veemência em outros petardos como ‘Violência’, ‘Tortura’ e ‘Decreto do fim’ e deram ponto final a momentos dedicados ao Thrash Metal, tudo feito com garra e determinação. Em resumo “Na terra do Metal” é um bom disco, feito por uma banda que almeja seu espaço e que, em novas jornadas, pode soar cada vez melhor!

Por Reinaldo Trombini na Heavy Metal Online

DOWNLOADS - Syren - Motordevil


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E eis que a máquina mortífera do Metal carioca volta, detonando tudo e todos que tentarem ficar em sua frente, desembestada como uma carruagem de peso que desce morro abaixo!

Sim, o quarteto SYREN volta à carga com seu mais novo trabalho, o álbum “Motordevil”, que a Shinigami Records acaba de pôr no mercado nacional.

Antes de tudo, que se fale que os “Brazilian Metal Bastards” tiveram mudanças de formação enormes entre “Heavy Metal”, seu álbum anterior, e “Motordevil”: a banda virou um quarteto, usando apenas uma guitarra, deixando o som um pouco mais seco, um pouco simples e pesado que antes, mas ainda melodioso e forte. Maurício Martins (baixo) e Julio Martins (bateria) formam uma cozinha rítmica pesada e com ótimo nível técnico, ao passo que o guitarrista Guilherme De Siervi mostra habilidade nas seis cordas, com bases ótimas e solos melodiosos com refinamento. E o veterano, fundador e único membro que restou da formação que gravou o disco anterior, o vocalista Luiz Syren, mostra o porquê de ser uma das melhores vozes do Metal do Brasil: uma voz forte, vigorosa, bela, bem postada, cheia de melodia e leve agressividade, além de uma interpretação que só os grandes possuem. E o resultado dessa mistura é um Heavy Metal tradicional atualizado, melodioso e agressivo nas medidas certas, com uma banda que soube dar uma boa evoluída em si mesma, sem perder sua identidade.

Syren

Em termos de sonoridade, não se pode negar que o produto é bem caprichado. Todos os instrumentos estão extremamente claros e com bons timbres, os vocais bem encaixados, e soando com peso e coesão, e o que se houve no CD é o que realmente ouvirá ao vivo. E o trabalho artístico de Antonio Cesar da Not.A.Pipe é ótima, apresentando bem a banda e sua proposta sonora.


Ao ouvir as músicas, fica clara a competência e espontaneidade da banda na composição de seu trabalho. Os arranjos são caprichados, mas sem exageros técnicos que tirariam o foco do que é mais importante na música do SYREN: a unidade como grupo.


A intro “All Aboard” já vai nos convidando a embarcar de corpo e alma na viagem que é “Motordevil”, cuja primeira faixa é a pesada “Rebellion”, uma aula de Heavy Metal moderno, com riffs certeiros e ótimas vocalizações (belas variações de timbre), fora um refrão ótimo, seguida de “Fighter”, mostrando um trabalho ótimo de baixo e bateria, mas os vocais roubam a cena por nos envolver de maneira cativante, um refrão bem pegajoso, e no finalzinho, uma bela amaciada melodiosa. Um pouco mais cadenciada e climática é “The Power of Something”, e é justamente onde as melodias nas guitarras ficam mais evidentes. “Eyes of Anger” mixa agressividade e melodia com maestria, onde a base rítmica da banda mostra entrosamento e pegada pesada, mesmo elementos na arrastada e azeda “Stitched”, onde temos um refrão cativante, ótimos riffs e solo de guitarra caprichado. A base baixo-bateria mostra força mais uma vez em “Motordevil”, uma faixa abrasiva em andamento mediano, com alguns momentos técnicos um pouco mais intrincados e muita melodia. Belíssima e introspectiva é “Long Road”, uma semi-balada bem pesada, com belos arranjos de guitarra e onde os vocais mostram uma diversidade absurda (sem corvar, mas se o IRON MAIDEN um dia precisar de alguém para o lugar de Bruce, esse é O Cara!). A pegada azeda e pesada volta a ser a tônica em “My Shadow, My Dear Friend”, cheia de energia e vigor abusivos. Uma introdução tribal com peso abre “You’re Gonna Die”, mais uma aula de interpretação vocal, junto com guitarras em sua melhor forma, com um peso que chega a ser covardia. E com um jeitão mais tradicional de Metal oitentista (mas sem perder o peso abrasivo) é “The Prophecy of Marduk”, onde baixo e bateria se destacam bastante, mas sem deixar que os vocais ou guitarras fiquem distantes.

Aula de Metal tradicional em todos os sentidos, um dos melhores lançamentos do ano, e que todo bom Headbanger que se preza precisa ouvir e adquirir.


DOWNLOADS - Overdose (Ger) - To The Top - 1985


Overdose (Ger) - To The Top - 1985 (Full Album)
Grande banda de Heavy Metal Alemã com apenas um disco lançado!






1- To The Top - 00:00

2- Lovin' Call - 03:12
3- Lawman's End - 06:43
4- Way To Fail - 12:01
5- The Deuce
6- Deep In The Fog
7- Bloody Right
8- Obscuration
9- Rockfever





Overdose is:

Wolfgang "Coco" Bartl Bass
Rudi Büttner Drums
Jürgen Kramer Guitars
Ziggy Guitars
Wotan Vocals

DOWNLOADS - Anthares - O Caos da Razão (2015)



Após 28 anos do lançamento debut “No limite da força”, e de 8 anos inativos (1996-2004), a banda paulista Anthares recentemente lançou seu 2° álbum de estúdio, que intitula-se “O Caos da Razão”.

Não posso negar que a primeira audição se deu com muita expectativa, pois após muito tempo uma das principais bandas do cenário underground nacional volta a lançar material inédito.
Iniciando a audição temos a faixa “Sementes Perdidas” que logo de cara já mostra uma aula de riffs e agressividade, mostrando que o Anthares não voltou à ativa para decepcionar.

Em seguida vem “Ócio” que segue a mesma cozinha thrash, com um som direto e sem enrolações, destacando-se o vocal de Diego Nogueira.

Seguindo a diante, temos a faixa título, que é simplesmente um pandemonium sonoro, guitarras afiadas, a dupla Topera e Maurício mostrando uma grande afinidade fazendo desta um uníssono, transformando o resultado em maestria.
Destacam-se ainda “No Poço do Obscuro”, (música da qual é iminente a evolução do trabalho de Evandro Jr. e Pardal, ambos da formação original da banda), “Mercador da Fé”, “Sonho Negro” e “Canibal”.

“O Caos da Razão” é realmente um retorno glorioso do Anthares, que sem dúvida além de superar a expectativa, já deixa a esperança de que venha muito mais futuramente.

Anthares - O Caos da Razão (2015) - DOWNLOAD

Crítica por Bruno Faustino na Whiplash

DOWNLOADS - Frantic Amber - Wrath Of Judgement (2010)

Frantic Amber - Wrath Of Judgement (2010) - DOWNLOAD




Wrath of Judgement:
1. Wrath Of Judgement (3:38) 
2. Bloodlust (3:22) 
3. The Awakening (3:50) 
4. Unbreakable (3:02) 
5. Doomed To Walk This Earth (3:22)

DOWNLOADS - Angel Of Mercy - The Avatar (1987)


Band : Angel Of Mercy - The Avatar

EUA - 1987 - Heavy Metal







Formação:
Kaign Sevenson - Bass/Guitar
Deniz Derya Gallegos - Drums/Keyboards
David St.James - Vocals/Guitar

Faixas:
In the Beginning 04:14
Angel of Mercy 02:25
Chained To A World 03:56
Soul Searcher 03:47
Break Away 03:51
Metamorphosis 04:04
The Avatar 04:51
Victim of the Change 03:06
Journey To the Master 04:58
The Last Encounter 03:32
The Succubuss 03:40

DOWNLOADS - Centaur - Mob Rules the World - 1990


O primeiro álbum Centaur, Mob Rules the World apareceu em 1990 lançado pela No Remorse Records. Posteriormente, mudou-se para a League Records, onde lançaram mais dois álbuns de estúdio e um ao vivo.
Em 1998 lançaram alguns trabalhos pela BO Records, O Centaur se caracterizava por um Metal melódico de alta competência, imaginando-se umencontro entre Praying Mantis e Judas Priest.
Após onze anos de pausa foi publicado em 2009, o álbum mais recente Original Sin.

Centaur - Mob Rules the World - 1990
Alemanha 
Gênero : Heavy/Power Metal band
Gravadora: No Remorse Records

Faixas:
1 - Just a Man : 00:00
2 - Mob Rules the World : 03:45
3 - Looking for Someone : 09:25
4 - Got to Believe in Love : 14:23
5 - Dreamin` : 18:12
6 - No More Excuses : 23:00
7 - Centaur : 28:05
8 - Take Me This Way : 32:45
9 - Right in Time : 37:05
10 - Wild Sisters* : 42:07
11 - Never Too Late* : 46:37

Formação :
Rainer Küppers : Vocals
Christian Peters : Guitars, Vocals (backing)
Stefan Lohmann : Guitars, Vocals (backing)
Markus Lenzen : Bass
Christoph Weiß : Keyboards
Reiner Schützler : Drums



Postado há 5th April 2016 por Ed Oliver

Grindcore: O gênero mais extremo do Metal!


por: Ed Oliver

O Grindcore é a forma mais extrema e barulhenta de música, sendo um sub-gênero desenvolvido e da junção do Metal Extremo, Hardcore Punk, Noise Rock, Rock Industrial, etc.
Ele é caracterizado por ser ainda mais veloz do que os subgêneros ultra-violentos do Metal e Hardcore, com baixo e guitarras afinados em tons baixos e extremamente distorcidos. As músicas são mais curtas no comprimento (algumas com apenas alguns segundos de duração), batidas ultra rápidas de bateria chamadas “Blast Beats” , vocais rosnados e gritos estão também presentes e são ainda mais intensos do que aqueles vistos no Death e Black Metal.

Os temas líricos também são uma mistura. Eles vão desde as letras sociopolíticas do Hardcore até os temas cheios de Horror, Psicopatia, Assassinatos e Pornografia. Muitas bandas, como o Anal Cunt, também se concentram no Humor Negro e testam os limites de seu público com temas tabus sobre assuntos controversos.

Os textos e sites oficiais dizem que o Grindcore surgiu no início dos anos 1980 nos Estados Unidos. Em seus primeiros dias a cena dependia fortemente de negociação de fitas, os famosos “tape-traders”. Existem duas bandas que são reconhecidas como os padrinhos do Grindcore: a banda de Hardcore Siege e os pioneiros do Death Metal, o Repulsion, mas em 1983 a banda brasileira Brigada do Ódio já estava em plena atividade e fazendo este estilo de música, sendo considerada por muitos e sérios historiadores como a primeira banda a tocar um som nos moldes deste estilo no mundo.

Estes pioneiros queriam superar as bandas Death, Thrash e Hardcore mais rápidas para criar uma forma ainda mais veloz e urgente de música possível. Naqueles primórdios, a velocidade que eles trabalhavam, sem uma técnica apurada, só permitiria canções de curta duração com vocais ininteligíveis.

O inventor do termo “Grindcore” foi o então baterista do Napalm Death, Mick Harris. Segundo o próprio, a palavra “Grind” veio à sua cabeça como sendo a única capaz de descrever a música do primeiro LP do Swans. O Napalm Death foi o primeiro grupo a usar o termo para se autodescrever (o Grindcore também foi conhecido por pouco tempo como “Britcore”, rótulo cunhado pela NME). Outras bandas que marcaram o início do Grindcore foram Unseen Terror, Electro Hippies da Inglaterra, Fear of God da Suíça, Terrorizer dos Estados Unidos e, em menor grau, os dois primeiros discos do Carcass da Inglaterra.



O Napalm Death foi a primeira banda semi-comercialmente bem sucedida de Grindcore e levou à ascensão de outras bandas como o Carcass. Após o aumento da popularidade do Grindcore, Napalm Death, Carcass, Agathocles, Anal Cunt, Lärm, Extreme Noise Terror e Nasum tiveram seus nomes amplamente disseminados ao redor do mundo. Vale relembrar que no Brasil, o Brigada do Ódio gravou em 1985 o primeiro registro de Grindcore da América do Sul, dividindo um EP com o Olho Seco. Após esse período inicial o estilo se diluiu um pouco com muitas bandas iniciantes copiando os elementos dos pioneiros.

O Grindcore voltaria a crescer nos Estados Unidos nos anos 90, com grupos como Terrorizer, Pig Destroyer e Brutal Truth, expandindo a ideia de Grindcore, adicionando mais elementos de Death Metal, Thrash, Sludge Metal, Música ambiental, até vertentes eletrônicas do gênero surgiam conhecidas como “Cyber-Grind” ou “Electro-Grind”. Estas experimentações levaram à criação de alguns novos subgêneros de Grindcore que são populares entre seus fãs hoje, a exemplo do “Technical Grindcore”, subgênero oriundo do Death Metal mais técnico executado por músicos virtuosos e que viram no Grind uma forma mais livre e divertida de expressão, ainda há até vertentes onde se exploram os temas Extraterrestres, Entropias, Anomalias e até bandas que explorem o Sexo e a Comédia. Assim como do outro lado, há bandas mais politizadas que usam o extremismo do gênero para disseminar letras mais politizadas e conscientizadas sobre a exploração da indústria musical e se utilizam da “anti-música” como forma de protesto.

O Grindcore nunca conseguiu realmente avanço para o mainstream, mas criou um nicho que continua a ter uma das bases de fãs mais leais de qualquer um dos subgêneros da música pesada!

A liberdade criativa do estilo e a forma como seus fãs e músicos disseminam seus ideais contribuindo para a cena como um todo ganha cada vez mais simpatizantes do estilo e fãs de sua estilística tão divertida quanto extrema!

O Brasil também possui uma excelente história de bandas do estilo como o pioneiro Brigada do Ódio, além de New York Against the Belzebu, No Sense, Expurgo, Defecação Humana, ROT, Flesh Grinder, Necrobutcher, Dissector e mais recentemente Facada, Test, S.O.B, SubCut, Social Chaos, Desalmado, Homicide, etc…



Alguns dos sub-gêneros do Grindcore:

Goregrind

Goregrind é o Grindcore com letras relacionadas ao Gore (Escatologia, Cadáveres, Zumbis, Horror Extremo) em vez de assuntos sociopolíticos.

As bandas também usam muitas mixagens e efeitos sonoros e vocais grunhidos e ininteligíveis. Carcass e Cannibal Corpse foram as bandas pioneiras neste estilo e no conteúdo lírico. Eles sentiram que muitas bandas Grindcore estavam se levando muito a sério e estavam continuamente repetindo as mesmas opiniões políticas de esquerda em suas letras. Isto veio como uma mudança muito necessária no momento, como Grindcore estava perdendo popularidade. A temática Gore realmente casa muito bem com o ritmo brutal da música.

Deathgrind

Deathgrind nasceu na década de 1990. Ele combina os elementos técnicos do Death Metal com a velocidade do quebra de pescoço e canções abruptas de Grindcore. Devido à influência do Death Metal, a musicalidade do Deathgrind tende a ser muito melhor do que o Grindcore tradicional.

As atuais bandas Deathgrind incluem Cattle Decapitation, Aborted, e The Red Chord.

Pornogrind

Muito parecido com Goregrind, o Pornogrind foi criado como uma resposta àqueles que tinham diluído a cena Grindcore com temas políticos e sons semelhantes e à chateação politicamente correta de temas de esquerda. O conteúdo lírico, em vez disso lida com sujeitos sexuais extremamente pervertidos, o que ajuda a trazer os elementos extremos de Grindcore de volta que foram perdidos na saturação no final dos anos 1980. A banda mais pornográfica é Cock and Ball Torture, mas o Anal Cunt com certeza é seu representante mais pioneiro e provocador.

Atuamente bandas como Anorgasm, Vomit of Torture, Murder Pussy, Kraanium e Human Mastication, também fazem as vezes do estilo.

Electrogrind

Na década de 1990 o Napalm Death começou a experimentar com sons industriais devido a serem comparados com muitas bandas de Grindcore que soavam da mesma forma. O som misturaria a velocidade e estilística do Grindcore com sintetizadores e elementos digitais. Isso levou à criação do “Electrogrind” no início de 2000 por bandas como Genghis Tron. Outros como Trocomordedor, Sperm Swamp, Libido Airbag, The Berzeker defendem a fórmula.

Noisecore

Caracterizado pelo extremismo e violência de seu instrumental e pela pequena duração de suas faixas, comumente adotado por bandas de ideias mais politizadas e que buscam fazer uma “anti-música” em protesto à exploração da indústria musical e para divulgar suas ideias políticas.

O Noisecore seria a versão Crust do Metal. Seu defensor mais conhecido seguramente é o Agathocles, mas bandas como Bad Omens, Marathon of Gore, Insect Warfare e os brasileiros do Defecação Humana e Descarga Violenta também são fortes representantes do estilo.

Álbuns de Grindcore Essenciais:

Horrified (Repulsion)
Prowler in the Yard (Pig Destroyer)
Reek of Putrefaction (Carcass)
Brigada do Ódio (Brigada do Ódio) – Brasil
Out of Reality (No Sense) – Brasil
Die Miserable (Fuck the Facts)
I Like it When You Die (A.C.)
World Downfall (Terrorizer)
Arabe Macabre (Test) – Brasil
Monolith of Inhumanity (Cattle Decapitation)
Dead Mountain Mouth (Genghis Tron)
Egoleech (Cock and Ball Torture)
Violence Against Feminist Cunts (Meat Shits)
Nadir (Facada) – Brasil
Disgrace To The Corpse Of Sid (Sore Throat)
From Enslavement to Obliteration (Napalm Death)
Sounds of the Animal Kingdom (Brutal Truth)
Book Burner (Pig Destroyer)

Agorapocalypse (Agoraphobic Nosebleed)
 Inhale/Exhale - (Nasum )
Estado Escravo (Desalmado) - Brasil


Quer ficar mais por dentro do estilo?

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Distros e Gravadoras:

Arquivos para Downloads:

História do Metal Brasileiro: 10 álbuns que mereciam ser relançados (parte1)


O Heavy Metal brasileiro começou a explodir no início da década de 80 com pioneiras e corajosas bandas ainda lançando seus primeiros trabalhos no formato vinil, infelizmente nesse período tão difícil de economia e recursos escassos muitas bandas encerraram suas atividades e não tiveram a oportunidade de ver seus trabalhos lançados em novas mídias e o publico também ficou sem poder conferir muitos destes fabulosos álbuns.

Hoje em dia pode parecer estranho, mas para quem esta acostumado às facilidades da era digital nem imagina que naquela época não havia uma cena do Metal em si, basta citar que para comprar certos instrumentos você ía a loja, dava um sinal, o lojista mandava importar o item e depois de 3 meses ele ligava avisando que seu instrumento havia chegado à loja! O mesmo se dava com LPs, camisetas e afins, cujas pouquíssimas lojas tinham limitado material e eram desbravadoras! Os fanzines em xerox faziam as vezes de meios de comunicação e divulgação das bandas! Tempos heróicos!

Começamos aqui uma série de matérias onde traremos trabalhos de bandas de nosso Metal cujo conteúdo não alcançou a era digital e por seu valor histórico mereceria um relançamento! O intuito aqui é dar uma idéia da importância do trabalho em sua época, prometemos um resenha completa dos mesmos em outras oportunidades! Bem, então vamos lá falar um pouco de história do Metal!

Mitrium – Eyes of Time (1994)


O Mitrium chamou a atenção com o Ep “Eyes of Time” um disco dividido com a banda Sweet Pain, tendo em suas fileiras o vocalista Edu Falaschi ( Symbols, Angra, Almah) e seu irmão Tito Falaschi no baixo ( Com o qual montaria também mais tarde o Symbols). A banda trazia um Metal tradicional diferente, original e com personalidade, as 4 faixas de seu lado do disco Eyes of Time, Run from the Fire, Life so Close e The Shadows eram ótimas. O Mitrium foi o embrião de muita coisa boa surgida no Metal nos anos seguintes. Pelos músicos envolvidos, sua qualidade musical e lembrando as comemorações de 25 anos de carreira de um dos maiores vocalistas do Metal brasileiro, vale um relançamento urgente! (Lançado em LP).


Crosskill – Escape into Fantasies (1991)


Com certeza uma das maiores injustiças do Metal brasileiro, essa grandiosa banda de Natal/RN teve uma passagem meteórica na história do Metal mas que gerou o maravilhoso e essencial trabalho “Escape into Fantasies”.
A banda chamou a atenção como um quinteto gravando duas demos o que os fez serem convidados a gravarem a coletânea Whiplash Attack volume 1 em 1990 ao lado das bandas Deadly Fate, Hammeron e Auschwitz. Após algumas mudanças a banda se firmou como um trio e gravou em 1991 seu primeiro disco próprio pela Rock Brigade Records. Escape into Fantasies é um trabalho elaborado, cheio de detalhes com a perfeita sintonia entre seus músicos e pode ser considerado o primeiro disco de Metal conceitual brasileiro já que as músicas giravam em torno de uma única temática: – “Um homem que descontente com a realidade passa a viver dentro de suas próprias fantasias”. Todo o trabalho é primoroso com um pequeno destaque para faixas como Where Life Ends, In Quest of Truth, Days of no Trust, Wings of Destiny e a faixa-título pérolas da genialidade de músicos do Metal brasileiro. O Crosskill era Jucian Carlos (bateria), Erinaldo Soares (baixo) e Marcus André (guitarra e vocal). (Lançado em LP).

Cavalo Vapor – Little Greatest Hits (1997)


São Paulo sempre foi palco para o surgimento de grandes bandas de Hard Rock e o Cavalo Vapor não era excessão, quando a música “Sem Escalas” estourou em algumas FMs paulistas e a voz assombrosa de Nando Fernandes (Hangar,Souspell) se fez escutar ao lado daquela banda talentosa que ainda trazia o lendário Luiz Sacoman nas guitarras e o tarimbado Paulo Zinner na produção, música de verdade que inclusive conquistou os Headbangers mais radicais na época! Uma pena que a banda tenha ficado apenas neste trabalho que merece ser relembrado pela constelação de grandes músicos, composições e convidados envolvidos; um item essencial do melhor Hard Rock brazuca! (Lançado em LP e CD – esgotados).

Firebox – Out of Control (1992)


Tendo em seu line up os respeitados professores de guitarra Michel Périe (também responsável pelos vocais) e Marcelo Araújo; Luiz Mariutti (Angra, Shaman) que saiu para integrar o Angra dando lugar a J.B Neto e na bateria o lendário Paulo Thomaz (Centúrias, Baranga) com certeza este time já merecia o respeito na cena metálica que foi confirmado com o lançamento do ótimo Out of Control único trabalho da banda mostrando uma mistura de estilos que poderíamos chamar de um Heavy-Rock com personalidade e o vocal a la Lemmy de Michel comandando as canções, infelizmente o trabalho não teve uma divulgação à sua altura na época mas deixou honrosas linhas na história da música pesada brasileira. (Lançado em LP).

Clavion – Beyond the Frontier (1988)


Surgido com uma proposta bastante inteligente e com uma produção que mostrava um diferencial no final dos anos 80, a banda Clavion capitaneada pelo vocalista (e figura lendária da galeria do Rock em SP) Cirilo A.S. Jr que montou um time de respeito com Acacio Vaz nas guitarras, o grande Fabio Ribeiro nos teclados, Jameson Trezena no baixo e Francisco Mocinho na bateria.
O Clavion inovou em sua temática lírica e foi pioneira por fazer um Metal Progressivo quando este possuía raros adeptos em nossas terras. Músicas como Dreaming Hell, Just Love, Clavion e Fiery Death mostravam toda a técnica e talento deste quinteto mágico, triste que um trabalho deste porte tenha ficado esquecido. A banda ainda lançaria em 2006 o CD “Strange Universe” mas sem o time mágico de antes, o trabalho passou despercebido. (Lançado em LP).

Corpse – I Live, You Die – (1990)


Mais uma brilhante banda esquecida no caldeirão de talentos de São Paulo. Executando um Thrash Metal técnico e contagiante os rapazes do Corpse chamaram a atenção no meio com a poderosa e elogiada demo “Reason to Kill” de 1988. Em 1990 lançaram pelo obscuro selo DRZ seu LP “I Live, You Die” cuja repercussão foi muito boa na época, tendo sido distribuído inclusive na Europa. Impossível não se empolgar com faixas como Slaves of Our Inventions, Toxic Death, Reason to Kill e a maravilhosa faixa título. Um time que privilegiava o groove com guitarras bem sacadas e técnicas. Com certeza se tivessem prosseguido teriam seguido os passos do sucesso de um Sepultura dado o talento do quarteto! O Corpse era formado por Marcelo Fonseca (vocais, guitarra), Luiz Hess (Guitarra), Fabio Russo (Drums) e Marcos Khalil (baixo). (Lançado em LP).

Revenge – Rhapsody From Brontoland (1990)


Se há um exemplo de banda que se sente ódio por não terem prosseguido, com certeza é o Revenge! Formada e capitaneada pelo fenomenal guitarrista Affonso Jr. em 1987, lançaram em 1989 a elogiadíssima demo “Feel the Rage” que chamou a atenção da gravadora Heavy Metal Maniac que assinou com o grupo para lançarem no ano seguinte o irretocável “Rhapsody from Brontoland” que possui uma das melhores capas já feitas no Heavy Metal a cargo do grande artista Marcatti. O trabalho contou além de Affonso Jr. nas guitarras e violões, com o excelente Fernando (vocais), Marcos (baixo) e Junior (bateria), todos exímios músicos que fizeram de Rhapsody from Brontoland um disco mágico onde “Melodie por Une Temps” é na opinião deste redator um dos maiores hinos do Metal nacional! Tente ainda passar incólume por pedradas como Atlantis, Thrash Legions e Dark Lands. Uma fusão perfeita entre o Metal Tradicional/Speed e a música clássica. (Lançado em LP).

Psychic Possessor – Toxin Diffusion (1988)


O Psychic Possessor chamou a atenção por ser inovador, seu som direto, pesado e com afinação mais baixa era algo assustador até para os parâmetros da época, o que chamou a atenção do folclórico Zhema Rodero da banda Vulcano que produziu a primeira demo da banda. Dois anos depois a banda consegue um contrato com a Cogumelo Records, tendo o guitarrista e vocalista Zé Flávio, o baixista Lauro neto e o baterista convidado Arthur Von Barbarian, assim entram em estúdio para registrar o clássico Toxin Diffusion uma dinamite de Crossover trazendo a simplicidade e crueza do hardcore com a rapidez e guitarras fantásticas do Metal. Músicas como a faixa-título, Manipulation, Zombies Night e a empolgante First District fizeram o disco ser um sucesso de crítica apesar de não alcançar altas vendagens. A banda ainda lançaria em 1989 o disco “Nós somos a América Latina” todo em português e Hardcore com uma nova formação, inexplicavelmente a Cogumelo lançou em 2002 este trabalho em CD , esquecendo-se de Toxin Diffusion, com certeza um trabalho de força e originalidade, quedeixou muita influência entre as bandas e é essencial ainda hoje. (Lançado em LP).

Vodu – Seeds of Destruction (1988)


Muitos irão cobrar aqui a presença do primeiro CD desta pioneira e inovadora banda chamado “The Final Conflict” de 86, pioneiro e essencial, mas com certeza foi Seeds of destruction que mostrou todo o poder de fogo da banda entrando definitivamente nos corações e mentes dos Metalheads da época.
O Vodu era essencialmente uma banda de Power/Speed Metal mas que flertava com outros estilos o que dava à banda uma sonoridade original e diferenciada em Seeds of Destruction a banda alcançou seu auge criativo e técnico. Músicas como a faixa- título, Nothing to Loose, o hino What´s the Reason, a hardcore Keep Fighting, From this Time são mostras de como o metal brasileiro em cua criatividade e força é um dos melhores do mundo.
André Pomba Cagni, o “Steve Harris brasileiro” (baixo), Sergio Facci (bateria -Volkanas, Viper) e Claudio Victorazzo (vocals) são heróis do metal nacional! Ainda formavam a banda a genial dupla de guitarristas Victor Birner e Paulo Lanfranchi. A banda ainda lançaria o EP No Way e o disco Endless Trip, sem a força e sucesso de Seeds of Destruction, uma peça essencial que merece reaparecer! (Lançado em LP).

Inox – Inox (1986)


Num 1986 em que a imprensa e alguns empresários da música já começavam a entender o estilo e levar o Metal a sério, surgiu o que poderia se considerar a primeira “superbanda” do estilo no país ( como bem observou o jornalista Antonio Carlos monteiro). Assim, o monstro baterista Rolando Castello (Made in Brazil, Patrulha do Espaço) se juntou a ele o guitarrista Fernando Costa, o vocalista Paulinho Toledo e o baixista Segis Capuano, todos figuras tarimbadas no meio Rock/Heavy tupiniquim. O Quarteto conseguiu um sonho de muitos na época, um contrato com a major Epic e o clima era mais que favorável com a banda gravando um trabalho de Heavy/Hard do mais alto nível inclusive vendendo muito bem, mas por um destes ocasos que só a mente dos donos de gravadoras conseguem explicar, a Epic não quiz assinar com a banda para um segundo trabalho, ficando apenas este registro histórico destes superstars da música pesada brazuca. (Lançado em LP).

Aguarde a Parte 2 de nossa matéria! Você pode opinar e dar sugestões de outros itens que mereciam estar aqui, deixe aqui sua opinião!

por: Ed Oliver

Entrevista: Valhalla - O Death Metal feminino conquistando o mundo!


Sem sombra de dúvidas o Valhalla é um dos maiores nomes do Death Metal do país, sobretudo por ser um time feminino de talentosas musicistas que trilharam seu caminho com muito talento, suor e competência onde seu recém lançado EP “Evil Fills Me” ganhou rapidamente a mídia especializada e os fãs e agora a audiência internacional, embalando-os num Death Metal poderoso, cheio de groove e a identidade e força que os anos de estrada lapidaram! Nós tivemos a oportunidade de travar um bate-papo com a vocalista e baterista Ariadne Souza para saber um pouco mais dos detalhes desta super banda do Metal brasileiro!


Roadie Metal: Após a brilhante presença de vocês no DVD “Território Metálico” e o lançamento do EP “Evil Fills Me”, parece que finalmente a Valhalla está tendo uma atenção maior que seus anos de estrada merecem, concorda?
Ariadne: Por ter tantos anos de estrada, a Valhalla já passou por fases em que poderia ter alcançado um reconhecimento ainda maior, mas infelizmente as constantes mudanças na formação foram um dos principais obstáculos que nos impossibilitaram de executar todos os planos.
Mesmo assim, diante de várias outras dificuldades, conseguimos, com persistência, concretizar quase todos os nossos objetivos. Como nunca tivemos tantas pretensões, penso que tivemos sim, o reconhecimento do nosso trabalho. Talvez hoje, com toda a tecnologia e acesso ao mundo virtual, essa atenção seja considerada maior.



Roadie Metal: Agora que você se fixou definitivamente como vocalista, além de ser a responsável pela bateria da banda, acredita que vocês chegaram à formação definitiva?
Ariadne:
 Estamos muito bem com a formação atual, mas por saber os motivos, compreensíveis, que levam as pessoas a deixarem uma banda, eu não poderia afirmar que essa é uma formação definitiva.

Roadie Metal: Como foi esse processo de adaptação e como ficou o processo de composição da banda?
Ariadne:
 Passamos por um período difícil para encontrar novas componentes para a banda. Esse foi um dos motivos pelo qual eu resolvi assumir os vocais. Do mesmo modo, a Alessandra, mesmo gravando a guitarra, passou a tocar o baixo nos shows. Quanto à composição, a parte melódica não sofreu mudanças, pois continuou a ser feita por nós três. O que realmente mudou foi a composição das letras, que passaram a ser feitas por mim e pela Adriana. Atualmente estou trabalhando na temática do nosso próximo material.

Roadie Metal: O que abordam em suas letras?
Ariadne:
 O álbum “Evil Fills Me” teve duas músicas de autoria da Michelle (antiga componente) e duas minhas e da Adriana. Essas letras falam dos sentimentos negativos do ser humano e os reflexos que isso gera em suas relações. O próximo será feito por mim e terá uma temática diferente, ainda não revelaremos…(risos).


Roadie Metal: A Valhalla sempre teve uma veia do Death Metal da Flórida. quais músicos e bandas vocês têm acompanhado e ouvido?
Ariadne:
 Eu sempre gostei dos clássicos por onde comecei a ouvir esse tipo de som, como o Cannibal Corpse, Deicide, Morbid Angel, Death, Autopsy, entre muitos outros.

Roadie Metal: Ariadne, pessoalmente como baterista, quais são seus heróis em seu instrumento?
Ariadne:
 Vários me impressionam, especificamente em relação aos de Metal extremo: Steve Asheim (Deicide), Dave Lombardo (Slayer), e, claro, todos os que passaram pelo Death. Também curto muito o Chris Reifert, do Autopsy, por também ser vocalista.

Roadie Metal: A banda tem planos de estender a tour de divulgação de “Evils Fills Me” para outros estados? Há planos de tocar no exterior?
Ariadne:
 Nós não planejamos nenhuma tour para divulgação desse álbum. Como sempre ressaltamos, nós somos uma banda que toca por satisfação pessoal, sem grandes pretensões comerciais. Recebemos muitos convites para tocar no Brasil e no exterior e buscamos aproveitar as oportunidades que temos de tocar em um evento bacana, mas sempre de forma que isso possa ser conciliado com a nossa vida pessoal e profissional, o que acaba limitando as atividades da banda.



Roadie Metal: Fale-nos um pouco sobre o processo de gravação de “Evil Fills Me”. Percebe-se que a produção foi esmerada e privilegiou cada detalhe individual de vocês!
Ariadne:
 Essa gravação foi feita em um estúdio simples, quase que de forma caseira, mas com bons equipamentos e operado pelo Guilherme Peixoto, que fez um excelente trabalho.

Roadie Metal: A Valhalla sempre foi uma banda com o verdadeiro espírito “do it yourself”, sempre conquistando com muita luta seu espaço! Como é manter a banda no esquema underground? Vocês exercem outros trabalhos além da banda?
Ariadne:
 Quem não vive essa realidade pode achar que há muito “glamour” em ter uma banda, mas a verdade é que dá muito trabalho e tem altos custos, seja financeiro ou de tempo. Todas nós temos uma vida profissional diferente da música. Pessoalmente, sei que fiz uma escolha acertada, pois viver de música não é fácil, ainda mais no metal extremo.

Roadie Metal: Quais os próximos planos da banda?
Ariadne:
 Material novo e as mesmas pretensões (risos)!

Roadie Metal: Muito grato pela sua atenção! Desejo toda a sorte nos futuros passos do Valhalla! Deixe um recado aos leitores e ouvintes da Roadie Metal!
Ariadne:
 Ed, obrigada por apoiar a banda e conceder esse espaço para podermos expor mais sobre a Valhalla. Esperamos ter outras oportunidades como esta! Para aqueles que apreciam o nosso trabalho, agradecemos a satisfação de sermos reconhecidas!

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Entrevista por: Ed Oliver

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