Entrevista: Valhalla - O Death Metal feminino conquistando o mundo!


Sem sombra de dúvidas o Valhalla é um dos maiores nomes do Death Metal do país, sobretudo por ser um time feminino de talentosas musicistas que trilharam seu caminho com muito talento, suor e competência onde seu recém lançado EP “Evil Fills Me” ganhou rapidamente a mídia especializada e os fãs e agora a audiência internacional, embalando-os num Death Metal poderoso, cheio de groove e a identidade e força que os anos de estrada lapidaram! Nós tivemos a oportunidade de travar um bate-papo com a vocalista e baterista Ariadne Souza para saber um pouco mais dos detalhes desta super banda do Metal brasileiro!


Roadie Metal: Após a brilhante presença de vocês no DVD “Território Metálico” e o lançamento do EP “Evil Fills Me”, parece que finalmente a Valhalla está tendo uma atenção maior que seus anos de estrada merecem, concorda?
Ariadne: Por ter tantos anos de estrada, a Valhalla já passou por fases em que poderia ter alcançado um reconhecimento ainda maior, mas infelizmente as constantes mudanças na formação foram um dos principais obstáculos que nos impossibilitaram de executar todos os planos.
Mesmo assim, diante de várias outras dificuldades, conseguimos, com persistência, concretizar quase todos os nossos objetivos. Como nunca tivemos tantas pretensões, penso que tivemos sim, o reconhecimento do nosso trabalho. Talvez hoje, com toda a tecnologia e acesso ao mundo virtual, essa atenção seja considerada maior.



Roadie Metal: Agora que você se fixou definitivamente como vocalista, além de ser a responsável pela bateria da banda, acredita que vocês chegaram à formação definitiva?
Ariadne:
 Estamos muito bem com a formação atual, mas por saber os motivos, compreensíveis, que levam as pessoas a deixarem uma banda, eu não poderia afirmar que essa é uma formação definitiva.

Roadie Metal: Como foi esse processo de adaptação e como ficou o processo de composição da banda?
Ariadne:
 Passamos por um período difícil para encontrar novas componentes para a banda. Esse foi um dos motivos pelo qual eu resolvi assumir os vocais. Do mesmo modo, a Alessandra, mesmo gravando a guitarra, passou a tocar o baixo nos shows. Quanto à composição, a parte melódica não sofreu mudanças, pois continuou a ser feita por nós três. O que realmente mudou foi a composição das letras, que passaram a ser feitas por mim e pela Adriana. Atualmente estou trabalhando na temática do nosso próximo material.

Roadie Metal: O que abordam em suas letras?
Ariadne:
 O álbum “Evil Fills Me” teve duas músicas de autoria da Michelle (antiga componente) e duas minhas e da Adriana. Essas letras falam dos sentimentos negativos do ser humano e os reflexos que isso gera em suas relações. O próximo será feito por mim e terá uma temática diferente, ainda não revelaremos…(risos).


Roadie Metal: A Valhalla sempre teve uma veia do Death Metal da Flórida. quais músicos e bandas vocês têm acompanhado e ouvido?
Ariadne:
 Eu sempre gostei dos clássicos por onde comecei a ouvir esse tipo de som, como o Cannibal Corpse, Deicide, Morbid Angel, Death, Autopsy, entre muitos outros.

Roadie Metal: Ariadne, pessoalmente como baterista, quais são seus heróis em seu instrumento?
Ariadne:
 Vários me impressionam, especificamente em relação aos de Metal extremo: Steve Asheim (Deicide), Dave Lombardo (Slayer), e, claro, todos os que passaram pelo Death. Também curto muito o Chris Reifert, do Autopsy, por também ser vocalista.

Roadie Metal: A banda tem planos de estender a tour de divulgação de “Evils Fills Me” para outros estados? Há planos de tocar no exterior?
Ariadne:
 Nós não planejamos nenhuma tour para divulgação desse álbum. Como sempre ressaltamos, nós somos uma banda que toca por satisfação pessoal, sem grandes pretensões comerciais. Recebemos muitos convites para tocar no Brasil e no exterior e buscamos aproveitar as oportunidades que temos de tocar em um evento bacana, mas sempre de forma que isso possa ser conciliado com a nossa vida pessoal e profissional, o que acaba limitando as atividades da banda.



Roadie Metal: Fale-nos um pouco sobre o processo de gravação de “Evil Fills Me”. Percebe-se que a produção foi esmerada e privilegiou cada detalhe individual de vocês!
Ariadne:
 Essa gravação foi feita em um estúdio simples, quase que de forma caseira, mas com bons equipamentos e operado pelo Guilherme Peixoto, que fez um excelente trabalho.

Roadie Metal: A Valhalla sempre foi uma banda com o verdadeiro espírito “do it yourself”, sempre conquistando com muita luta seu espaço! Como é manter a banda no esquema underground? Vocês exercem outros trabalhos além da banda?
Ariadne:
 Quem não vive essa realidade pode achar que há muito “glamour” em ter uma banda, mas a verdade é que dá muito trabalho e tem altos custos, seja financeiro ou de tempo. Todas nós temos uma vida profissional diferente da música. Pessoalmente, sei que fiz uma escolha acertada, pois viver de música não é fácil, ainda mais no metal extremo.

Roadie Metal: Quais os próximos planos da banda?
Ariadne:
 Material novo e as mesmas pretensões (risos)!

Roadie Metal: Muito grato pela sua atenção! Desejo toda a sorte nos futuros passos do Valhalla! Deixe um recado aos leitores e ouvintes da Roadie Metal!
Ariadne:
 Ed, obrigada por apoiar a banda e conceder esse espaço para podermos expor mais sobre a Valhalla. Esperamos ter outras oportunidades como esta! Para aqueles que apreciam o nosso trabalho, agradecemos a satisfação de sermos reconhecidas!

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E-mail: valhalla.deathmetal@gmail.com
Entrevista por: Ed Oliver

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