Resenha: Dark Witch - The Circle of Blood (2015) - Nota (10)

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Para nós que acompanhamos o que acontece na música pesada ao redor do mundo, é senso comum encontrar trabalhos que passem aquela impressão de “jogar no senso comum”, e é fascinante quando se ouve um trabalho que surpreende e em que você diz a si mesmo ao final da audição do CD: “Puta merda, mas que trabalho bacana!”. E assim o é com este “The Circle of Blood”, primeiro trabalho da banda santista Dark Witch!

O Dark Witch foi formado em 1999 e esse tempo contou muito para que o grupo conseguisse construir uma personalidade própria e lapidasse sua música ao nível que ouvimos nesse trabalho, cujo resultado é de teor único, daqueles lançamentos que surgem de tempos em tempos para se tornarem referência no Metal nacional.

O grupo aposta no Metal tradicional, adicionando uma dose de modernidade e guitarras cheias de riffs cortantes e aqueles maravilhosos duetos de guitarras. Vale também menção especial ao belíssimo trabalho do vocalista e baixista Bil Martins, que imprime uma marca toda própria à música. A personalidade de sua voz com certeza é um diferencial ao som da banda.


A faixa-título e que abre o CD é fantástica. Tente ouvir e não ter a tentação de cantar junto o refrão. Merecem destaque também numa primeira audição as poderosas “Wild Heart”, “The Caudron”, “Blood Sentence”, “Death Rain” e “To Valhalla We Ride”, faixas que resumem a identidade do grupo: refrões fortes, bases variadas e poderosas, duetos de extremo bom gosto e uma abertura que permite mostrar os talentos individuais dos músicos sem exageros e malabarismos. Há ainda o swing de “Firestorm”, o peso da Speed Metal “Master of Fate”, o rifferama fantástico de “Liberty Is Death”… enfim, todas as faixas são relevantes e dão unidade para que o CD como um todo funcione de forma perfeita.

Como se não bastasse, ainda temos, fechando a audição, o cover de “Voz da Consciência”, do veterano Harppia – um presente da banda, mostrando a fonte de onde eles beberam.

O trabalho da dupla de guitarristas Cesar Antunha e Decio Andolini nada deve às clássicas duplas da NWOBHM. Um trabalho esmerado e inspirado.

Tudo em “The Circle of Blood” é bem dosado, equilibrado e executado, o que foi ainda mais evidenciado pela produção cuidadosa de Felipe Quirino que conseguiu entender o espírito e a identidade da banda tornando o som mais orgânico e de acordo com suas influências, ponto essencial para todo o resultado positivo do trabalho. A arte gráfica é simples, mas extremamente bonita a cargo de Ygor Gatti Alves, que entendeu também o espírito a imprimir na identidade visual do grupo.

Que a cena metálica prepare seus ouvidos porque o Dark Witch vem para marcar definitivamente seu caminho! “The Circle of Blood” não é apenas ótimo, é essencial, daqueles trabalhos que vêm para fazer história.

Formação:
Bil Martins (vocal/baixo);
Cesar Antunha (guitarra);
Décio Andolini (guitarra);
Andre Kreidel (bateria).

Faixas:
01 – Circle of Blood
02 – Wild Heart
03 – Master of Fate
04 – Cauldron
05 – Firestorm
06 – Stronghold
07 – Blood Sentence
08 – Liberty Is Death
09 – Lighthouse Reaper
10 – Death Rain
11 – Siegfried
12 – To Valhalla We Ride
13 – Voz da Consciência (Harppia Cover)

Contatos:

E-mail: darkwitchband@gmail.com


Resenha por: Ed Oliver

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