Resenhas: Cavera - Unfit for Rational Consumption


Cavera - Unfit for Rational Consumption Nota: 5,0

Quando um estilo se sobressai no gosto do público é normal e notório que o número de bandas que surgem apostando naquele estilo seja em grande escala, e também é comum que uma grande parcela destes sejam meros paraquedistas que não entendem do "riscado" e as bandas passem a compor verdadeiros "Frankensteins" do estilo. Assim, sempre vou cautelosamente ouvir quando há um novo lançamento na tênue linha do Metalcore e do Thrash Grooveado tão em voga atualmente.

Do Rio Grande do Sul o Cavera enveredou por estes estilos e com o diferencial de dosar  de forma consciente suas outras influências dentro o deste caldeirão e moldar um estilo próprio, percebe-se na totalidade do CD que os músicos souberam dosar tudo, o que denota um time de grandes músicos em seu debut "Unfit for Rational Consumption".

Os destaques do Cd vão sem dúvida para as músicas mais diretas como Creatures, More Lies, Seven, Snuff Box que mostram a cara do Cavera músicas fortes, boa contrução de refrões e variações de bases bem interessantes. Leandro Mantovani (Baixo) e André Luiz (Drums) contrõem uma parede criativa e poderosa para o ataque de Catiano Alves, guitarrista que mostra ser diferenciado em todo o trabalho, sendo acompanhado pela guitarra afiada de Rodrigo Rossi.


Faixas como Little General, La Strega Rossa/Senza Cura, Unnamed Pills, Controlled by The Hands são exemplos do que a banda possa lapidar o seu som: - As faixas tem muito boas idéias porem o pequeno excesso de variações tanto na parte vocal como no ritmo fazem com que o ouvinte em certos momentos se desconecte da música, como La Strega Rossa com seus 7:24, um pouco excessivos para este estilo de som que a banda trabalha, nada que comprometa o trabalho mas são pontos a serem pensados. Rodrigo Rossi canta muito e com certeza com pequenos acertos alcançará o time dos grandes vocalistas nacionais dentro em breve.

Vale citar ainda Glistening Lips, bases e ritmo para se agitar imediatamente, Time to Die na minha opinião a melhor faixa do trabalho tem uma química que com certeza a banda poderia usar mais, algo de Rock Cru numa base grooveada que empolga e ganha o ouvinte logo de cara.

Quanto a parte gráfica, a capa e encarte muito bonitos a cargo de Diego Gedoz encartam com louvor este trabalho que com certeza merece a atenção e vai render muitos bons frutos no Metal; o diamante bruto foi encontrado falta só encontrar um modo de fazê-lo funcionar direito e lapidá-lo.




Resenha: Ed Oliver

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